sábado, 18 de agosto de 2012

VIVA A POLICIA DE ALAGOAS.

Governo pede desculpas a professor que teve casa invadida por 'engano'

Teotonio Vilela ligou para Carlos Martins e disse que vai tomar providências para punir policiais

Milton Rodrigues

Foto: Adailson Calheiros

Governador Teotonio Vilela pediu desculpas por telefone

Governador Teotonio Vilela pediu desculpas por telefone

O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, pediu desculpas na tarde desta quarta-feira (15) ao professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Carlos Martins. O educador teve a residência invadida por policiais após ser confundido com um criminoso de assaltos a bancos na última sexta-feira (10).

De acordo com a assessoria de comunicação, Teotonio ligou para o professor e disse que vai tomar providências quanto à punição dos policiais envolvidos. “Do ponto de vista simbólico o pedido de desculpas é importante. Ele reconheceu o erro, mas mesmo com esse pedido eu não vou recuar com as minhas acusações. Esse pedido deveria ter sido feito em público”, comenta Carlos Martins.

O professor deu entrada junto ao Ministério Público Estadual (MPE) em uma representação criminal contra o governo por danos morais. Por isso, Carlos esteve na manhã desta quarta-feira (15) na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) para falar sobre o caso.

Ele, que é um dos criadores do Núcleo de Estudos Sobre a Violência em Alagoas, destacou que o modelo de segurança deve ser modificado. “Para mim não deve existir punição aos policiais envolvidos, pois o modus operandi da polícia de hoje é esse. Não vamos querer particularizar o problema. Isso não só aconteceu comigo. Acontece todos os dias, não é exceção, é a regra”, realça.

O caso

O professor teve a casa invadida por policiais durante a sexta-feira (10). Na ocasião ele foi algemado e teve o rosto virado para baixo, ao ser confundido com um criminoso de assalto a banco que roubou uma agência do banco Santander, localizada dentro da Faculdade Integrada Tiradentes (Fits).

“Enquanto estive prestando depoimento na delegacia, um dos policiais me falou que se não deitasse, ele me daria um tiro”, contaCarlos Martins.

Após as denúncias de truculência, Carlos Martins disse que durante dois dias se sentiu vigiado e ameaçado por uma suposta agente de endemias que fazia serviço nas proximidades de onde mora. Ela chegou a interfonar para o apartamento, mas durante a convera, não soube dizer qual seria o serviço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário