Oito vereadores de Rio Largo-AL são presos acusados de corrupção
Mai 18
Mandados de prisão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital
Oito vereadores da Câmara Municipal de
Rio Largo foram presos, na noite desta quinta-feira (17), após ter sido
deflagrada uma operação do Grupo Especial de Combate às Organizações
Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual. 14 mandados de
prisão foram expedidos por determinação da 17ª Vara Criminal da Capital,
e, deste total, 10 são contra todos os integrantes do Poder Legislativo
daquele município. Sete deles foram detidos enquanto participavam de
uma sessão na sede do Parlamento.
Vereadora Ionaide recebeu medicamentos no IML
Vereadora Ionaide recebeu medicamentos no IML
A deflagração da operação aconteceu
depois que o Gecoc ofereceu denúncia contra o grupo. São acusados de
envolvimento em crime de corrupção os 10 vereadores de Rio Largo e
outros quatro empresários.
De acordo com a denúncia do Gecoc, o
esquema envolveria a compra e venda de um terreno que pertencia a usina
Utinga Leão. Ele funcionou da seguinte forma: a área, que tinha valor
venal de R$ 25 milhões, era de interesse de um grupo de empresários
liderado por Marcelo Lessa, já considerado foragido da Justiça. Todavia,
por possuir muitos débitos, principalmente ligados à União, o terreno
não fora comprado pelos interessados. A partir daí a Prefeitura teria
entrado no crime. O Município adquiriu a área pelo valor de R$ 700 mil
sob a justificativa de utilizá-la para fins de construção de um conjunto
habitacional. O projeto de lei pedindo a autorização para a aquisição
do terreno foi enviado à Câmara sob regime de urgência e aprovado no
mesmo dia em que deu entrada no protocolo daquela Casa.
Vereadores e empresário chegaram ao IML em microonibus
Vereadores e empresário chegaram ao IML em microonibus
Mas, as casas populares nunca foram
construídas. Após comprar o terreno e, supostamente legalizar as suas
dívidas, o Poder Executivo vendeu a área para os empresários
interessados, já sem quaisquer pendências. Nesse esquema, segundo o
Gecoc, políticos teriam recebido dinheiro por ter facilitado a
tramitação do projeto em regime de urgência e aprovado-o, logo em
seguida.
Prisões já efetuadas
Vereador foi encaminhado ao IML
Vereador foi encaminhado ao IML
Sete vereadores foram presos no momento
em que participavam da sessão. Dois já são considerados foragidos pela
justiça e um outro foi preso por último.
Além dos parlamentares, já foram presos
dois empresários, também um diretor da usina Utinga Leão, que teria
participado da negociata e um topógrafo. O empresário Marcelo Lessa, que
teria articulado todo o esquema, não foi localizado e já está na
condição de foragido da Justiça, assim como outro empresário, cujo nome
ainda não foi fornecido.
Sete vereadores foram levados ao IML
Sete vereadores foram levados ao IML
Oito presos foram encaminhados ao
Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito
e, em seguida, foram encaminhados ao Sistema Penitenciário Alagoano,
entre eles sete vereadores e um empresário que não teve o nome revelado.
Vereador Reinaldo Cavalcante realizou exame no IML
Vereador Reinaldo Cavalcante realizou exame no IML
Os vereadores que realizaram o exame
foram: Ionaide Cardoso Martins (Ionaide – PMDB); Aurizio Esperidião da
Hora (Aurizio – PP); Jefferson Alexandre Cavalcante (Jefferson Alexandre
– PP); Cícero Inácio Branco (Cícero Inácio – PMDB); Milton José de
Pontes Filho (Milton Pontes – PPS); Reinaldo Cavalcante Moura (Reinaldo
Advogado – PP) e José Nilton Gomes de Souza (Nilton da Aeropharma –
PSB).
A vereadora Maria das Graças Lins
Calheiros (Graça Calheiros – PMDB) não foi ao IML porque estava de
licença médica. O mandado de prisão foi cumprido na casa da vereadora.
O presidente da Câmara de Vereadores de
Rio Largo, vereador Luiz Felhipe Malta Byehs (Lula Leão – PSB) e o
secretário Thales Luiz Peixoto Cavalcante Diniz (Thales Diniz – PSB) são
considerados foragidos da Justiça.
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