sexta-feira, 27 de julho de 2012

CALAMIDADE ADMINSTRATIVA EM RIO LARGO

Prefeitura de Rio Largo decreta estado de urgência por 90 dias

Atual prefeita de Rio Largo afirma que município está impossibilitado de realizar licitações

A Prefeitura de Rio Largo decretou estado de urgência administrativa pelo período de 90 dias, conforme publicação no Diário Oficial do Estado (D.O.E) desta terça-feira (24). De acordo com o decreto 003/2012, o Município enquadra-se na situação porque está impossibilitado de prestar serviços públicos básicos, devido à ausência de documentos e procedimentos próprios na sede da Prefeitura.

A necessidade do decreto de urgência ainda é justificada pelas graves denúncias de fraudes em licitações feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Com a ausência de servidores capacitados para compor uma comissão de licitação, a atual prefeita de Rio Largo, Fátima Correia, atesta a necessidade de fazer compras emergenciais de forma direta, sem que haja processo licitatório.

Diz o decreto: “(...) O mencionado contexto conduziu a uma situação dramática, com notório prejuízo na prestação de todos os serviços públicos básicos do município, acarretando, em muitos casos, grave risco para a vida dos munícipes e uma verdadeira descontinuidade na prestação do serviço público em dissonância gritante com os princípios basilares constitucionais notadamente os princípios da continuidade do serviço público, eficiência, e dignidade da pessoa humana”.

No ato, a prefeita ainda cancela qualquer licitação municipal que estiver em aberto, dando espaço para a contratação direta de serviços e bens necessários para a manutenção do serviço público.

Segundo o decreto, poderão ser comprados diretamente: alimentos, medicamentos, combustível, material de limpeza, material de expediente, informática, maquinário, veículos, eventos culturais tradicionais. As contratações devem ocorrer sempre que for verificada a impossibilidade temporal de se iniciar um procedimento licitatório para o atendimento das necessidades.

Fátima Correia, que era vice-prefeita, assumiu a gestão municipal no dia 11 de junho, após o afastamento do prefeito Toninho Lins. Toninho chegou a ser preso no dia 26 de maio, alvo de denúncias do MPE relacionadas ao esquema na venda de um terreno. Posteriormente, novas denúncias vieram à tona, que apontavam o gestor afastado como chefe de uma quadrilha que fraudava licitações na cidade.

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